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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Marcha da Liberdade

A Marcha da Liberdade é um movimento que une muitas entidades e movimentos sociais em torno de uma pauta em comum: fazer valer a Constituição Brasileira em um trecho que diz “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

Acreditamos que a liberdade de expressão é base de todas as outras: de credo, de assembléia, de posições políticas, de orientação sexual, de identidade de gênero, de ir e vir, de resistir. E exatamente por isso marchamos coletivamente, pois defendemos autonomia sobre nossos corpos e não aceitamos imposições normativas de gênero ou sexualidade!

Para as entidades, organizações e movimentos LGBT e de Diversidade Sexual, marchar por liberdade significa lutar pela livre manifestação de nossa sexualidade, independente de como ela se represente, seja dentro de siglas ou não! Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Heterossexuais precisam ter o direito de amar, desejar, e gozar como bem entenderem! E com quem quiserem, desde que haja consenso entre ambas as partes.

Somos condicionadas a padrões de performances de gênero e incitadas ao ódio e aversão a determinados grupos e práticas sexuais. O Projeto Escola sem Homofobia, recém vetado por nossa presidenta, é resultado de um intenso e criterioso processo com vistas a fazer do ambiente escolar um espaço realmente inclusivo, democrático, capaz de preparar as pessoas para a diversidade em geral. A evasão escolar da população LGBT é comprovada em diversos estudos e pesquisas, por isso o Estado Brasileiro precisa desenvolver ações que visem diminuir o preconceito que gera a discriminação e a violência por orientação sexual e identidade de gênero no ambiente escolar.

Infelizmente, são altos também os índices de agressões físicas e homicídios contra a população LGBT, esse quadro pode ser minimizado com a criação de uma legislação que proteja essas pessoas. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006 é uma alternativa para coibir as práticas homofóbicas e visa garantir a segurança da comunidade LGBT ao criminalizar a discriminação contra a livre expressão de sexualidade e de identidade de gênero. Tal proposta tem encontrado muita resistência em setores conservadores do governo e sociedade o que só contribui para perpetuar os valores machistas e homofóbicos no País.

A liberdade de nenhum grupo ou indivíduo pode significar liberdade para oprimir outra pessoa, independente de expressão do seu desejo, do uso que ela faça do seu corpo e de sua performance de gênero.



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